A comissão especial da Câmara dos Deputados que acompanha o combate ao câncer no Brasil promove novo debate nesta terça-feira (25). Desta vez para discutir o rastreamento e diagnóstico precoce de câncer de pulmão no Sistema Único de Saúde (SUS).
O debate atende a pedido da deputada Flávia Morais (PDT-GO) e será realizado a partir das 14h30, no plenário 7.
O câncer de pulmão, segundo as estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) de 2023, é o terceiro mais comum entre homens e o quarto em mulheres no Brasil. “Atualmente, apenas 15% dos pacientes com câncer de pulmão são diagnosticados nos estágios iniciais, potencialmente curáveis”, afirma Flávia Morais.
O diagnóstico tardio também representa um grande fardo econômico para o País. A deputada cita um estudo realizado pelo Insper, segundo o qual, as 29,3 mil mortes por câncer de pulmão no Brasil em 2019 representaram custos anuais diretos e indiretos de R$ 1,3 bilhão. “Aproximadamente 80% desses custos é atribuído às perdas de produtividade – absenteísmo no trabalho e morte antes da aposentadoria”, detalha Flávia.
Outro estudo citado pela deputada, desta vez produzido pelo National Lung Screening Trial, mostrou que o rastreamento ativo da doença em população de alto risco é capaz de detectar o câncer de pulmão em estágio precoce, aumentando de forma significativa a chance de cura dos pacientes.
“Apesar desse cenário, no Brasil, mais de 80% dos pacientes são diagnosticados tardiamente e ainda não há um programa nacional de rastreamento e diagnóstico precoce do câncer de pulmão”, lamenta a deputada.