A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que garante à pessoa idosa assistência de saúde remota por meio de aplicativo nacionalmente padronizado e outros canais digitais oficiais, como um número 0800 e ferramentas de mensageria, como o WhatsApp.
Os meios de comunicação direta deverão ser integrados ao Sistema Único de Saúde (SUS) e gerenciados pela Secretaria Nacional dos Direitos Humanos da Pessoa Idosa.
Esses aplicativos deverão ter as seguintes funcionalidades:
monitoramento de indicadores de saúde, como pressão arterial, frequência cardíaca e glicose, com alertas automáticos;
envio de lembretes para medicamentos, consultas médicas e campanhas de vacinação;
possibilidade de consultas médicas remotas para a emissão de receitas, atestados e orientações médicas; e
funcionalidade para solicitações de emergência, conectando o usuário diretamente a centros de atendimento de urgência.
O texto acrescenta a medida ao Estatuto da Pessoa Idosa.
Parecer favorável
O texto aprovado é da deputada Nely Aquino (Pode-MG), que adaptou o Projeto de Lei 5678/23, do deputado Alberto Fraga (PL-DF). O projeto original prevê assistência de saúde remota com gestão pelo Conselho Municipal da Pessoa Idosa, mas sem detalhar os serviços.
Segundo Nely Aquino, a intenção é criar um aplicativo de saúde padronizado como o ConecteSUS. “As funcionalidades do aplicativo buscam incentivar comportamentos saudáveis, permitindo que os idosos gerenciem efetivamente suas condições de saúde”, explica.
A relatora ressaltou, porém a necessidade de disponibilizar meios alternativos de acesso às informações médicas, como um número 0800 e ferramentas de mensageria, como o WhatsApp.
Autonomia
Nely Aquino afirmou que a proposta é uma resposta crucial aos desafios da era digital dentro do contexto histórico e social dos idosos, muitos sem acesso básico à educação formal. “Ela promove uma abordagem inclusiva e compreensiva, apoiando os idosos na navegação pelo mundo digital e fortalecendo sua autonomia”, argumentou a relatora.
Próximos passos
A proposta ainda será analisada, em caráter conclusivo, pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.