Cobertura de vacina contra gripe para idosos é tema de audiência na Câmara nesta quarta

Governo do Amapá
Uma enfermeira aplica vacina numa idosa
A meta go governo é vacinar 90% dos idosos; número não tem sido alcançado

A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados discute, nesta quarta-feira (11), a cobertura vacinal contra influenza para idosos. O debate atende a pedido do deputado Geraldo Resende (PSDB-MS) e será realizado a partir das 15 horas, no plenário 12.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2024 o Brasil tinha 33 milhões de idosos (pessoas com 60 anos ou mais). E, em duas décadas, serão a maior fatia da população.

Diante desse cenário, Geraldo Resende afirma que é preciso discutir a vacinação das pessoas nessa faixa etária, já que a gripe é comum nesse grupo. “Ela pode levar a diversos desfechos de grande impacto, como o aumento de hospitalizações, a perda de autonomia, o agravamento de doenças crônicas e até mesmo a morte.”

O deputado informa que, em 2023, a cobertura vacinal contra a gripe foi baixa. “Na última campanha anual, a cobertura vacinal alcançada foi de 63,3% a nível nacional, número que está muito abaixo da meta do Ministério da Saúde, que é de 90%”, lamenta.

Resende sugere a oferta de uma vacina diferenciada para os idosos para aumentar a eficácia. “Uma análise na França demonstrou que a introdução dessa vacina tem um impacto na redução de hospitalizações semelhante a um aumento de 20 pontos percentuais na cobertura vacinal de dose padrão”, compara.

Na avaliação do parlamentar, aumentar a eficácia da vacina é uma boa estratégia para reduzir a circulação da doença entre idoso. “O aumento da cobertura vacinal pode levar muito tempo”, alerta.

A Sociedade Brasileira de Imunizações já recomenda a vacina de alta dose (com maior concentração de antígenos) como forma preferencial para prevenir gripe em pessoas com 60 anos ou mais.

O deputado espera, com a audiência, saber se existem ações planejadas para melhorar a cobertura vacinal entre idosos, e se o Ministério da Saúde avalia incorporar vacinas mais efetivas no calendário vacinal.